quarta-feira, 29 de julho de 2009

Seattle - Tacoma - Grapeview (WA)


Washington eh meu estado favorito nos US. Fiquei 10 dias naquele paraiso, por isso a sumida.

Enquanto eu estava la, ficava pensando no que escrever no blog quando eu voltasse, palavras que pudessem adicionar as 300 fotos que bati, mas eu nao acho nada pra descrever aquele lugar. Queria descricoes pra deixar tudo bem registrado na memoria.

Frase nenhuma parece suficiente quando eu penso na casa amarela com janelas brancas de frente pro canal (Puget Sound), e o sol refletido na agua. Nem pra floresta em volta, nem pra pequena praia no final da escadaria de madeira, com uma plaquinha que informa: 'Zenk's House'. Nao sei explicar a sensacao ao aprender a dirigir um barco e nem a adrenalina que correu solta quando (enfim) aprendi a fazer um 360º no jet. (que perigo, eu sei). Como descrever as tardes sentada na imensa sacada, lendo? Ou comendo (come-se muito bem por aquelas bandas). Ah, e tudo isso com aquela vista maravilhosa do Puget Sound e, babem do Mount Rainier ao fundo.
As vezes, depois das 9 pm quando escurecia, a Lua cheia ficava bem na frente da montanha e eu corria pra pegar a maquina e bater fotos. Fotos fotos e mais fotos.
Tambem nao faco idea de como conto pra voce da minha viagem a Forks. Sim - a Forks dos livros Twilight. 3h30 de viagem so pra ir. Chegando em Forks (pensa numa cidade pequena) fizemos um Tour especial que incluiu La Plush, (baby). Oh yeah. Melhor presente de aniversario de 2009. Uma paz imensa. Dias divertidos. Dias despreocupados. Hum, nao vimos focas esse ano. Mas vi estrela do mar, Bald Eagle, peixes de todos os tipos. Ja contei dos 25 minutos de fogos de artificio que o J soltou pra gente no 4th of July? Nao tem como descrever tambem. Lindo? An understatement.

Enfim... and the Oscar for 'The Best Trip' goes to Seattle, again.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Possessividade

Vou ser curta e grossa: a coisa que mais me incomoda numa relacao (relationship - 'relacao' fica tao feio...) é a possessividade. Acho grotesco, fora de moda e serve pros sem personalidade que precisam ter a certeza de que sao donos de tudo e de todos: pessoas e coisas.

Levam ao extremo essa ideia, de que o mundo (o sorvete, o controle remoto, o namorado, a melhor amiga) é deles e ninguem tasca. Sao medievais no ponto de nao pedirem nem licenca nem opiniao do objeto a ser possuido (ui, ficou mals essa frase ne? Sai exu!). Vao patrolando tudo, mandando e desmandando.

Nao sei de onde veio essa minha repulsa, mas pessoas possessivas sempre me botaram pra correr. Se repulsa é uma palavra forte? Pode ate ser, mas é como eu me sinto. Nao dou a minima se alguem pensa ser dono (a) de mim. Porque eu sei que ninguem é, meu nariz é meu e ponto. Alias, todo mundo deveria ser individualista assim, se individualista tambem significa manter (e que o outro respeite) aquela linha do "daqui pra ca quem manda sou eu".

Anotar tambem: nao me irrita apenas o fato de eu ser o objeto de posse (revirou meu estomago), mas me irrita profundamente ver outras pessoas se submetento a isso. Caladas!!!

Tentem me convencer de que "assim como a escolha de ser dona do seu proprio nariz é tua Ju, a escolha de se submeter a tratamentos da Idade da Pedra é da propria criatura". Balela, nao acredito. Papopraboidormir.

Vou ali fora respirar e ja volto.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

On My Own

De um dos atos de Les Miserables, musical baseado no livro de Victor Hugo. Aqui. (Passa direto pros 44 segundos). Eu fico com uma sensacao de vazio toda vez que eu assisto a esse video. [the city goes to bed, and I can live inside my head]. Alguem ja leu o livro? Nao consigo me decidir se compro a versao traduzida em 2008 ou se compro a de 1915. I guess I am On My Own to decide it.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dialogando com a Manu

Manu: La em casa os cachorros e os gatos ja tem medo de mim - eu mal chego e eles ja saem correndo.

Ju: La em casa tambem! Eu mal chego e a Anna sai correndo.

Nao que eu esteja comparando a Anna com os cachorros e gatos da Manu.
Mas se analisar do ponto de vista psicologico, o principio é o mesmo.

Gee, eu vou ser uma pessima mae.

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Ju: Amiga, se depois do que aconteceu hoje, elas ainda nos ligarem combinando alguma coisa é porque a gente é MUITO simpatica.

*Tinhamos acabado de conhecer duas brasileiras na Hollister, eram umas 8 da noite. Eu e a Manu tivemos aula de Cardio Remix (com uma puta nazista que tirou o sangue da gente), entao estavamos fedorentas, descabeladas e sujas. Desde as 10 da manha. Serio gente, nao havia forca no mundo que me empurrasse pra debaixo de um chuveiro, e pelo visto nem a Manu. De qualquer forma, ignorando o cheiro, as gurias foram tri queridas com nos. Pegaram nosso telefone e disseram que vao ligar.


... porque depois que a gente coloca por escrito, a frase "disseram que vao ligar" soa tao improvavel?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Nostalgia (se bem que esse post é valido ate hoje)

Esse post abaixo foi retirado do meu blog antigo, o beeeeem antigo, de 2001. Da epoca em que eu ainda tinha acesso a acentuacao. (Ta editado).

Rulee, em 27/11/2002

Divã
Martha Medeiros

Essa mulher me apavora. Porque ela sabe demais sobre mim.

Sobre a Ju.
“Penso como um homem, mas sinto como uma mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos”

Sobre seu namorado.
“Casamos porque já estávamos casados e não tinha cabimento fingir-se de solteiros”

“Quando chegamos ao hotel e ele fechou a porta do quarto, a gente soube que o nosso casamento não seria igual aos outros. Ele não disse enfim sós. Disse enfim juntos.”

Sobre a Ju; a vida dela.
“Entendo perfeitamente essa sensação de orfandade. Não importa a idade que temos, há sempre um momento em que é preciso chamar um adulto”

“Nada é mais encantador do que a independência. Muito mais encantador que a infância. As pessoas cultuam o universo infantil de uma maneira romântica e nostálgica, sentem falta da autenticidade perdida.”

“Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo”

Sobre a Ju e suas amizades.
“Toda mulher tem seu dia de confessionário e sempre escolhe a amiga errada para fazer o papel do padre”

Sobre a Ju, caso um dia se case.
“Sobraram-lhe nove dedos sem aliança alguma, que o deixam livre para tentar ser feliz como bem lhe convir”

“Não sei se concordo com essa lenda de que todo amor vira amizade e que desejar mais que isso é imaturidade. Há lógica nisso tudo, mas não há palpitação”

“Se a sociedade não fosse viciada em hipocrisia, a infidelidade seria institucionalizada, você não acha?”

Sobre a Ju e suas manias.
“Domingo é o meu inferno astral. Duvido que haja algo mais entediante. É dia de descansar, de almoço em família, de ir ao parque: o domingo é benevolente demais. / Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. / O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia”

“É preciso de um pouco de segredo e de mistério para fazer as coisas parecerem maiores do que são”

Sobre a Ju e o caso que ela tinha.
“Sem essa, Lopes... Não estou vivendo perigosamente. Troque o perigosamente por intensamente, inconseqüentemente, apaixonadamente. Não há perigo. Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções”

A Ju – sobre os homens.
“Eu não sei como os homens conseguem ser tão seguros sendo tão carecas, tão barrigudos, tão baixinhos. Vocês são um exemplo de auto-estima e amor-próprio. Mulher é diferente. Uma unha quebra e a gente se ferra”

A Ju e suas horas non-sense.
“Meu rosto se transforma, meus pensamentos me deixam perplexa e eu me pego asfaltando uma nova estrada para mim, totalmente desfalcada de sinalização. Não encontro mais placas de PARE nos cruzamentos”

Vem ano, vai ano...
As pessoas NAO mudam.