terça-feira, 7 de julho de 2009

Nostalgia (se bem que esse post é valido ate hoje)

Esse post abaixo foi retirado do meu blog antigo, o beeeeem antigo, de 2001. Da epoca em que eu ainda tinha acesso a acentuacao. (Ta editado).

Rulee, em 27/11/2002

Divã
Martha Medeiros

Essa mulher me apavora. Porque ela sabe demais sobre mim.

Sobre a Ju.
“Penso como um homem, mas sinto como uma mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos”

Sobre seu namorado.
“Casamos porque já estávamos casados e não tinha cabimento fingir-se de solteiros”

“Quando chegamos ao hotel e ele fechou a porta do quarto, a gente soube que o nosso casamento não seria igual aos outros. Ele não disse enfim sós. Disse enfim juntos.”

Sobre a Ju; a vida dela.
“Entendo perfeitamente essa sensação de orfandade. Não importa a idade que temos, há sempre um momento em que é preciso chamar um adulto”

“Nada é mais encantador do que a independência. Muito mais encantador que a infância. As pessoas cultuam o universo infantil de uma maneira romântica e nostálgica, sentem falta da autenticidade perdida.”

“Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo”

Sobre a Ju e suas amizades.
“Toda mulher tem seu dia de confessionário e sempre escolhe a amiga errada para fazer o papel do padre”

Sobre a Ju, caso um dia se case.
“Sobraram-lhe nove dedos sem aliança alguma, que o deixam livre para tentar ser feliz como bem lhe convir”

“Não sei se concordo com essa lenda de que todo amor vira amizade e que desejar mais que isso é imaturidade. Há lógica nisso tudo, mas não há palpitação”

“Se a sociedade não fosse viciada em hipocrisia, a infidelidade seria institucionalizada, você não acha?”

Sobre a Ju e suas manias.
“Domingo é o meu inferno astral. Duvido que haja algo mais entediante. É dia de descansar, de almoço em família, de ir ao parque: o domingo é benevolente demais. / Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. / O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia”

“É preciso de um pouco de segredo e de mistério para fazer as coisas parecerem maiores do que são”

Sobre a Ju e o caso que ela tinha.
“Sem essa, Lopes... Não estou vivendo perigosamente. Troque o perigosamente por intensamente, inconseqüentemente, apaixonadamente. Não há perigo. Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções”

A Ju – sobre os homens.
“Eu não sei como os homens conseguem ser tão seguros sendo tão carecas, tão barrigudos, tão baixinhos. Vocês são um exemplo de auto-estima e amor-próprio. Mulher é diferente. Uma unha quebra e a gente se ferra”

A Ju e suas horas non-sense.
“Meu rosto se transforma, meus pensamentos me deixam perplexa e eu me pego asfaltando uma nova estrada para mim, totalmente desfalcada de sinalização. Não encontro mais placas de PARE nos cruzamentos”

Vem ano, vai ano...
As pessoas NAO mudam.

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